Qualidade de rating

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Em meados dos anos finais da primeira década de 2000, as agências de rating tiveram resultados ruins ao comparar os ratings de títulos com as taxas de default para alguns importantes produtos financeiros estruturados. Isso foi particularmente verdadeiro para produtos ligados de alguma forma a hipotecas residenciais. Assim, julgamentos equivocados por parte das agências de rating sobre os riscos de alguns produtos estruturados passou a ser um tópico de interesse. Excesso de confiança nos modelos preditivos de taxas de default baseados em dados históricos podem ter colaborado para atribuição de ratings cuja capacidade explicativa de eventos de default acabasse reduzida.

Além disso, uma eventual busca por maior lucratividade talvez tenha induzido a indústria de ratings a ultrapassar seu nível de competência na classificação de produtos financeiros cuja complexidade exigia maior esforço para apropriada compreensão. Em consequência, nos últimos anos tem sido frequente a busca por mecanismos de atribuição de ratings que sejam mais rigorosos, e suportados por referenciais oriundos de pesquisas científicas. Em adição, a regulação da indústria de rating ao redor do mundo passou a ser um assunto recorrente, juntamente com diversas reformas orientadas a promover a credibilidade, a confiança e a reputação da indústria de ratings no concerto do mercado financeiros e de capitais.