Tem se tornado comum que stakeholders expressem sua atenção no que diz respeito as práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) das empresas com as quais possuem negócios, trabalham, consomem ou investem.

De acordo com a Global Sustainable Investment Alliance, até 2020, mais de US$ 35,3 trilhões foram investidos nos mercados financeiros dos Estados Unidos, Canadá, Japão, Oceania e Europa integrando aspectos socioambientais no processo de decisão e gestão de investimento. Esse número cresceu 15% entre 2018 e 2020 e representou 36% de todos os ativos sob gestão profissional nas regiões mencionadas.

Como resultado, um número crescente de empresas se compromete e divulga suas práticas ESG, ainda que não exista um padrão global unificado para divulgar práticas e métricas ESG 2 . No Brasil, por exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou, em dezembro de 2021, a Resolução 59, que altera a Instrução CVM nº 480, de modo a contemplar a divulgação de fatores de risco sociais, ambientais e climáticos relevantes no contexto das companhias abertas brasileiras. A Resolução 59 entrará em vigor em janeiro de 2023.

Como até o momento a divulgação ESG não é regulamentada no Brasil, as empresas possuem flexibilidade para divulgar o que consideram mais relevante, podendo também decidir se publicam ou não informações ESG em seus relatórios e websites corporativos. Nesse sentido, das 408 empresas listadas na B3 até o final de 2020, apenas 119 disponibilizaram informações públicas de modo a tornar viável sua participação no Score de Divulgação ESG da Bloomberg, que varia de 0 a 100 e mensura o quão transparente é uma empresa em suas práticas ESG.

Dentre os 119 scores disponíveis, a EDP Brasil, empresa do setor de energia, obteve a maior pontuação de Divulgação ESG (71,44), seguida da empresa Suzano (63,28) e da Petrobras (61,22). A nota média das empresas brasileiras foi de 43,36 e a menor foi de 19,37. O gráfico demonstra as 14 empresas brasileiras com as maiores pontuações no Score de Divulgação ESG em 2020.